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1 de julho de 2011

Uma linha soberanista para a recuperação de Portugal, mantendo o euro

A salvação do Estado, que é aquilo que o Governo tem pela frente, não se compraz com delicadezas, sensibilidades e caprichos pessoais. Urge força, impulso, movimento, acção e motivação.

As alternativas são claras: reforma imediata, com barrela geral do Estado; ou bancarrota, saída do euro e falência generalizada de empresas e famílias, em três anos. Decidirá o primeiro-ministro.

Por aqui, defendemos uma linha soberanista para a recuperação de Portugal e a manutenção do País na Zona Euro. A recuperação do Estado português, que, após a ruína provocada pelo socratismo, se encontra debaixo do protectorado da União Europeia e do FMI, não deve ser alienada pelo Governo para a caridade improvável dos parceiros da União. Se o Governo preferir a via mais fácil e suave, Portugal será, mais cedo ou mais tarde, abandonado como a Grécia. Devemos ser nós a equilibrar já as contas do Estado, e criarmos condições de recuperação económica, em vez de contarmos com o improvável socorro sucessivo da União Europeia. A oportunidade de afirmação nacional é também a garantia da independência do País.

Manda a verdade que diga que os mercados financeiros da dívida soberana não sossegaram com a substituição do Governo Sócrates - a taxa de juro das obrigações do Estado português está, naquela tarde de 27-6-2011, em 15,79% - e só sossegarão com uma reforma financeira e económica que preveja o equilíbrio rápido das contas públicas. A redução do défice não levará a taxa de juro para valores suportáveis: só o equilíbrio orçamental e a consequente redução da dívida reduzirão o custo do crédito para o Estado. Por isso, defendemos que o Governo deve elaborar um orçamento superavitário para 2012.

Temos de evitar a bancarrota do Estado, a saída do euro, a falência de empresas e famílias, neste horizonte temporal de três anos do empréstimo da União/FMI. Esse destino trágico ocorrerá se não começarmos imediatamente a equilibrar as contas do Estado. Queremos solvabilidade do Estado, manutenção do euro, desenvolvimento económico e bem-estar das famílias, que ocorrerá após um período de sacrifício iniludível. Queremos fazê-lo nós em vez de esperarmos que os outros o façam pela nossa gente.

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